domingo, 14 de agosto de 2022

PAI

Pai…


Amor,

Aconchego,

Proteção,

Cuidado.


Pai…


Trabalho,

Resistência,

Superação,

Exemplo.


Pai…


Poesia,

Canção,

Bailado,

Festa.


Pai…


Saudade!





quarta-feira, 20 de julho de 2022

O MELHOR SÃO JOÃO DE NOSSAS VIDAS?


Encerrado o "Melhor São João de Nossas Vidas" em Bananeiras, como nativa daquela cidade, me sinto no dever de tecer alguns comentários. 

A cidade ficou linda!!! O bom gosto do artista que conduziu a decoração é louvável. A praça então… ficou bela. Parabéns!!!

Em anos anteriores um dos maiores problemas foi a questão da mobilidade urbana. Em dias de grandes atrações o trânsito não fluía, chegando um dia a travar.

Em 2022 esse problema foi sanado com uma excelente organização do sistema de mobilidade. A maior reclamação que ouvi nesse quesito foi com os valores cobrados de estacionamento e de transporte local.

As atrações, embora muito aplaudida pelos jovens, fugiu demais da tradição junina. É dever nosso e do poder público, preservar nossa história, nossa tradição e nossa lei… Lei Municipal sim!!! Nem sertanejo, nem eletrônica, nem religiosa, nem gospel, nem o axé condizem com o nosso Melhor São João Pé de Serra do Mundo. Foi assim que o nossa maior festa ficou conhecida.

É notório que o clima de Bananeiras nessa época do ano é chuvoso e muito úmido e mesmo assim os organizadores da festa não se preocuparam em oferecer um espaço abrigado da chuva. A estrutura do Estádio “O Bezerrão” não recebeu com dignidade os que ali buscaram a diversão. Fora os “Camarotes Arretados” que tinha uma estrutura seca e cara, o resto ficava na chuva e na lama… muita lama subindo no assoalho. Tive a visão imaginaria de uma pocilga ao vê tanta gente com suas roupas arrumadas, toda enlameada.

O São João de Bananeiras não foi uma festa para todos porque era tudo muito caro… bebida, comida… Não se tinha opção… nem pra levar o seu kit, como em festas anteriores. Observei muita gente saindo da festa pra abastecer o seu copo. O terraço da casa de minha mãe foi abrigo para cooler de amigos e parentes.

Espero mesmo que o Melhor São João de Nossas Vidas ainda venha a acontecer na nossa Bananeiras. Que sejam corrigidos os erros cometidos em 2022 para que seja uma festa bonita e organizada. Que tenha boas atrações com os bons artistas nordestinos. Que seja num espaço digno para todos e acessível para nativos e turistas, pobres e ricos. Que seja realmente um São João inesquecível!!!

sábado, 16 de julho de 2022

PASTORAL CARCERÁRIA, MISSÃO PRA VIDA

Conheci o mundo do cárcere na pequena cadeia da cidade de Bananeiras, Pb. Desde bem pequena na sexta-feira santa era costume levar até os presos uma refeição. E assim mais tarde, as visitas foram ficando mais frequentes nas tardes de domingo após a participação em um grupo de oração da Renovação Carismática Católica. Era o ano de 1986.

Só em 1993, quando fui morar na cidade de Guarabira, sede da diocese, tive o primeiro contato com um pequeno grupo de Pastoral Carcerária e logo me juntei a ele. As visitas aconteciam nas quintas-feiras na cadeia pública da cidade transformada em presídio apenas por uma placa. Foram três intensos anos onde pude aprender na prática, como fazer Pastoral Carcerária: visitas, denúncias de maus tratos, celebrações, busca de dignidade para os presos…

Em 1996 por necessidade pessoal fui com a família morar em João Pessoa e já no primeiro mês me apresentei a equipe da Arquidiocese para continuar a atividade missionária que eu já havia adotado pra minha vida.

Na Arquidiocese da Paraíba comecei por integrar a equipe de pastoral carcerária do Presídio do Roger. Na época vivenciamos grandes tragédia naquela unidade. Grandes rebeliões… Chacina… Com o tempo passei a integrar as equipes de outras unidades… e vieram também as perseguições e até prisão.

Na Pastoral Carcerária da Arquidiocese da Paraíba fui coordenadora, integrei o Conselho da Comunidade da Capital, criamos o Comitê Estadual de Prevenção e Combate a Tortura, e  a representamos no Conselho Estadual de Direitos Humanos. Atuei na construção da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), participando como representante da Pastoral Carcerária Nacional para a Questão da Saúde.

Após vinte e cinco anos atuando na Pastoral Carcerária da Arquidiocese da Paraíba retornei em 2021, em plena pandemia da COVID -19 para a cidade de Guarabira e voltei a reintegrar a equipe da Diocese e do pequeno grupo que atua o Presídio Regional João Bosco Carneiro.

A Pastoral Carcerária foi um divisor de águas em minha vida. Foi através dela que fui abrindo a visão para outras áreas me tornando militante dos direitos humanos e do movimento de luta antimanicomial. Por dez anos integrei uma equipe interprofissional de um Caps Ad na cidade de João Pessoa como assistente social.

Atualmente colaboro com a Pastoral Carcerária da Província da Paraíba e do Regional da CNBB do Ne2, mas acima de tudo, a atuação como agente de pastoral carcerária, o contato direto com os irmãos presos é a missão mais importante é gratificante que pude e posso exercer.

quinta-feira, 7 de julho de 2022

CASA SEM MUROS E SEM TRANCAS



Hoje dezoito anos que papai se foi... E são tantas as lembranças e as lições deixadas por suas atitudes silenciosas…

Uma delas foi a de não gostar de muros nem de trancas. Nossa casa só era fechada na hora de dormir.

Na casa do Beco do Vapor as portas e janelas eram abertas. Tinha uma televisão na sala e os vizinhos se aconchegavam pra vê as imagens tremidas da telinha. Nessa época aconteceu um episódio que ficou marcado. Um dia meu pai adormeceu na sala vendo tv, com as janelas e portas abertas, enquanto todos já estávamos recolhidos. Já muito tarde da madrugada, ele foi acordado por Negreu, um adolescente temido pela cidade. Ele ficou ali velando o seu sono para que ninguém fizesse nenhum mal.

Tantas vezes ja na casa do mercado, um rapaz conhecido por Beto Doido, que perambulava pelas ruas, entrava na casa… Uma vez foi encontrado no escritório de meu pai, com seus óculos deitado no sofá… e por tantas ocasiões foi encontrado na cozinha mexendo nas panelas…

Na nossa casa todos eram e são bem-vindos.

A frente da casa sem muros sempre foi o lugar preferido de meu pai. Lá a tardinha e a noite sentava pra ouvir suas músicas, conversar com a famílias e com quem passava… também ali cochilava muito... e sempre  era acordado por alguém.

Nesses dias a frente de sua casa está sendo arrumada… está sendo feito um calçadão do jeitinho que ele gostava. Podemos até batiza-lo de calçadão “Antônio Mendonça”… com plaquinha e inauguração. Com certeza ele ficará feliz… e por aqui continuará sempre presente em nós e nas bonitas lembranças que ele plantou nos nossos corações.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

ABRAÇO


 A mídia ou sei lá quem, inventa muitas datas... e hoje por todo canto nos informam que é o dia do abraço.

Num é que essa lembrança mexeu comigo...

Venho de uma família onde tinha um pai beijoqueiro é extremamente carinhoso... e uma mãe cuidadosa, amorosa, mas sem muito afago.

Quando pequenininhos mamãe cobria os filhos de dengos e mimos... Assim também com netos e bisnetos.

Com os filhos adultos, ao contrário de papai que continuava muito carinhoso, dando colo e muito dengo, mamãe demonstra todo seu amor pela preocupação, esmero é muito cuidado com cada um de nós.

Eu acho que herdei dela o meu modo de ser. Acho também que contribuiu os dezessete anos de casamento onde vivi uma aridez no que se referia a dar e receber aconchego e carinho.

E hoje me veio forte a lembrança da necessidade que sinto do abraço. É uma falta tão grande... que chega a refletir por dento... 

Às vezes sinto uma necessidade quase fisiológica... 

Desejo  tanto um abraços... daqueles bem apertado que venha quebrar por dentro todo gelo que foi se formando com o tempo de frieza...

É como uma deficiência vital... que com o tempo teima em eclodir.

Nada a ver com desejo de pele... de sexo... e tudo a ver com carinho, aconchego, calor… 

E ele pode vir de onde vier que será  sempre o melhor aperto… inesquecível e curativo… balsâmo…  conforto… consolo…  o melhor remédio para animar a vida, espantar a tristeza... e alegrar os dias.

quinta-feira, 21 de abril de 2022

FILHOS


Tinha acabado de fazer dezessete anos quando fui mãe. Quase menina ainda… e já casada desde os quinze.
 

Tivemos um começo sob a proteção de meu pais.  A gravidez foi bonita… com muitos mimos.

Curti aquela espera tão encantada como quem esperava a felicidade. 

Tudo foi preparado pra o meu bebê… roupinhas bordadas pela vovó… arrumação do seu cantinho… e os cuidados... muitos cuidados.

Foi tudo lindo… como foi linda também a chegada do segundo, do terceiro, do quarto, da quinta, da sexta e da sétima. Tudo isso de filhos sim! kkk

Os meninos foram gerados no meu ventre e as meninas geradas no meu coração… mas a magia da maternidade foi igual com a chegada de cada um… de cada uma…

Com trinta e três anos, quatro filhos - as meninas chegaram depois - e carregada de sonhos, sai do aconchego do ninho e da proteção dos laços pra enfrentar a vida noutro universo… 

Claro que foi difícil ser mãe solo distante… mas a sensação de apoderamento de uma realidade bem nova, me impulsionava a vislumbrar outros horizontes para mim e para a minha turminha. 

Um acidente nesses dias com o meu terceiro, ativou as lembranças de dor e sofrimento que outrora eu sentia quando alguma das minhas crias travessas sofria… As mesmas preocupações e medos que acontecia quando ainda crianças ralavam os joelhos… cortavam a testa… queimavam os pés… caiam da bicicleta… quando um foi atropelado… outro bebeu querosene… quando tinham bronquite… viroses… alergias… 

Ufaaaaa!….

O coração da mãe é assim… está sempre de sobressalto… ele segue feliz e agradecido a cada vitória… mas intuí o perigo… e roga aos Céus proteção e livramento.

Graças a Deus está tudo bem… 

E a mãe de muitos aqui, vai seguindo… sempre agradecida… não só pelos sete filhos… agora também pelos filhos dos filhos que vão chegando de mansinho, se aconchegando e fazendo bastante algazarras no seu coração.

Deus seja louvado!!!

quarta-feira, 13 de abril de 2022

AMIGO NÃO SE TRAI, SE AMA


A Paixão e morte de Jesus teve início com a traição de um amigo: Judas Iscariotes.

Poucos dias antes da Ceia Derradeira, Jesus conversando com os doze que os seguiam afirmou que eles eram amigos e não servos… apesar de ser chamado por eles de Mestre e Senhor. Jesus diz que o amigo partilha… se preocupa… quer o bem… e lhes prepara a morada na casa do Pai… 

Ele ama ao extremo os seus amigos ao ponto de lavar-lhes os pés, dar-se em alimento e entregar-se a morte de cruz defendendo vida plena para todos… obedecendo os ideais do Pai.

Mas Judas não entendeu… e interesses outros lhe fizeram desviar do caminho. Lá na casa dos amigos em Bethânia, ele já reclamava dos gastos com o perfume… e nem conseguiu se encantar com o aroma do sagrado… nem com a lindeza do gesto de uma Maria que demonstrava o mais puro amor.

E Judas traiu o amigo por um punhado de moedas de prata… e o suplício ali começou… 


Aprendamos então a nunca trair o nosso amigo por interesses outros… 

Lembremos sempre que a traição pode levar à morte… ao fim… ao desaparecimento de uma vida… também pela desesperança, pela desarmonia e pela decepção.


Que sejamos fiéis ao Amor!!!


terça-feira, 12 de abril de 2022

AMOR DE MÃE

Como não se sentir amada e agradecida a Deus por tamanha demonstração de amor e de carinho. 

Aos 83 anos e com limitações motora, minha mãe continua a matriarca, o esteio… o suporte de todos nós, filhos, netos, bisnetos e de uma legião de amigos. A última palavra é sempre a dela.

E aqui está o resumo do amor que me sustentou e me conduziu por todos esses longos anos. 

Como respondo todos os dias quando nos abençoamos mutuamente… Deus te abençoe minha mãe, com os cuidados da Mãezinha do céu.


“Estão fazendo hoje  63 anos que eu e Toinho sentimos a  primeira grande  alegria  das nossas vidas com o nascimento da nossa primogênita que fez a felicidade de toda nossa família por carregar o nosso amor em forma de uma menininha linda.

Ela carrega o nome das duas avós. Gui  de Dona Guiamar a mãe do seu papai e Any  de minha  mãe Avany, nome este  criado desde  quando nos conhecemos e decidimos um dia nos casarmos e nossa  primeira filhinha  iria se chamar GUIANY.

E qual não foi a felicidade de toda nossa família quando no dia 12 de abril de 1959  chegou a nossa tão esperada filhinha a prova viva do nosso grande e incontestável amor que foi a primeira da nossa linda família de  seis filhos que fizeram nos sentir realizados.

E quanto sofremos juntos com a perda de  nosso amado Toinho e do nosso querido filho Walter!

Guiany logo cresceu, estudou e se formou, casou se tornou uma excelente profissional. Católica e militante, sempre em defesa do pobre e do  oprimido. Mesmo mãe de quatro filhos e três filhas sempre, permaneceu na militância e na luta por um  Brasil e por um Mundo melhor!! 

Que Deus lhe dê muita saúde, felicidade, paz e realizações plenas em todas as suas aspirações. Muitas bênçãos e graças para sua vida e para a vida sua linda família!


Bananeiras, 12/04/2022


Terezinha Campos Coutinho”

segunda-feira, 11 de abril de 2022

SARA

 


Desde sempre sonhei em ter uma menina… desde que na barriga carregava mais uma vida eu sonhava com ela… com a minha princesinha.

E assim o sonho era acalentado a cada gravidez… que mesmo não vindo a Geiza…a Carolina… a Eliza… a Sara… ao dar à luz mais um rapazinho meu coração agradecido se alegrava… e assim foram chegando meus quatro lindos e queridos meninos.

Mesmo encerrando a produção biológica o sonho de ser mãe de uma mocinha se fazia presente e era sabido por todos que nos acercavam.

Um dia Sara chegou. Os Céus quiseram que ela nascesse pela barriga de outra mulher e viesse morar no meu coração. Chegou para a vida aqui fora nas últimas horas de uma terça-feira da Semana Santa de 1995… bem pertinho do “doze” em que eu completaria trinta e seis anos. 

Meu lindo presente chegou embalado no mais lindo pacote… e era recheado de beleza, de saúde e de bem querer… também trazia em seu bojo esperança, confiança, boas energias e muito amor. 

Meu presentinho chegou alegrando e encantando a todos…

E a minha menininha cresceu rápido…  Não tanto em estatura, porque é baixinha… kkk… mas em sabedoria e graça.

Cercada de cuidados e muito carinho ela se tornou uma linda mulher de aparência e de coração. Forte sem perder a ternura, decidida sem ser precipitada, corajosa, mas com muita prudência… e bem resolvida mesmo se deixando construir a cada instante… agora Sara segue… tem vida independente e é mãe do nosso João.

Hoje sou só gratidão!!!

Agradeço a Deus… a Edna… e a todos que contribuíram com um dos mais belos encontros que na vida pude vivenciar e experimentar… o encontro que o universo preparou para nós… o encontro de mãe e filha.


segunda-feira, 28 de março de 2022

FESTEJANDO A VIDA

Vinte oito de março tem um significado importante em minha vida… 

Desde bem pequena, minha mãe ia lembrando aquela data com bastante antecedência… e isso nos alegrava o coração por tão esperado dia. Era arrumada a casa… preparado um almoço especial com um cardápio diferenciado, um bolo pra cantar os parabéns… e um presente para demonstrar todo nosso carinho ao aniversariante, meu pai.

A cada ano era o mesmo ritual…

A medida que o tempo foi passando, a festa foi ficando maior… os filhos com suas famílias e amigos enchiam a casa de Bananeiras com muita gente, muita algazarra e muitas alegrias.

Num desses aniversário eu tive a felicidade de presentear o meu pai com um neto. Naquele vinte e oito de março nascia o meu quarto filho, sem que houvéssemos programado aquela data. 

Ao olhar para meu bebê recém nascido, com o nome Silas, pré escolhido e anotado nas lembrancinhas, tive a intuição de chamá-lo pelo nome de meu pai. Meu coração não conseguia senti-lo com outro nome. E sensível ao meu apelo, o pai de meu filho aceitou registrá-lo com o nome de Antônio Neto.

Hoje, trinta e cinco anos depois, estamos celebrando o aniversário dos dois… meu pai no céu e Neto aqui. A data é igualmente festejada e preparada com bem antecedência em nossos corações… para cantar os parabéns para os  queridos e amados Antonio’s.

A família se junta, comemora alegremente a vida de meu filho e recorda com muita saudade as história e as lembranças do meu pai.

E assim seguimos louvado e agradecer a Deus pelo dom da vida!!!

domingo, 20 de março de 2022

VALEU A INTENÇÃO DA SEMENTE

Gosto de refletir essa frase do Henfil…

Se ao final, nada deu certo com a semeadura… valeu a intenção da semente.

Mas é sempre bom lembrar que a semente continuará guardando em seu interior o germem da vida. Se bem conservada num cantinho bem protegido e preservado dos agentes nocivos, não importa o tempo, ela continuará sempre fértil.

Quem sabe um dia, Deus permita que possa germinar e produzir frutos saborosos e abundantes, flores perfumadas e belas, folhas viçosas e refrescantes  para abrigar a todos que se achegarem as suas sombras.

Nada está perdido…

É como diz Santa Paula Frassinetti,  "...o que Deus quiser”… tenha fé… acontece!!!


sábado, 19 de março de 2022

SÃO JOSÉ, PATRONO DO AMOR

Num episódio engraçado no vagão de um trem eles se conheceram e se apaixonaram. 

Por alguns anos se comunicavam por cartas, ainda hoje guardadas, já desgastadas pelo tempo e pelo manuseio. Nelas registravam o cotidiano do internato, ela em Bananeiras e ele em Nazaré da Mata. Também registravam a imensa saudade que sentiam… as juras de amor eterno… mas sobretudo os projetos de constituir um ninho onde acolheriam carinhosamente seus filhotes e os seus bonitos e idealizados sonhos de um futuro juntos.

Em dezenove de março de 1958 eles se casaram em Natal… mas foi no casarão de Roma, onde ele nasceu, que construíram o lar tão esperado. Foi lá também que iniciaram a realização dos sonhos que deram sentido à historia daqueles que me deram a vida.

Dos dois que começaram, hoje já somamos mais de cinquenta, sem contar com aqueles que foram se achegando pelos laços do amor.

Antônio Mendonça, já no céu e Terezinha Mendonça, aqui com a gente, continuam sendo para nós, referência de amor, união, perseverança, resiliência é muito aconchego.

Casaram no dia de São José. É ele o patrono de nossa família. Foi o seu bom exemplo de amor e cuidado com a Família de Nazaré que conduziu e conduz a nossa até hoje.

Gratidão é o sentimento que invade o meu peito e transborda a minha alma. 

Sou o que sou porque fui colocada por Deus naquele ninho que hora é aconchego, hora é trampolim que impulsiona para o salto… hora é laço, hora é lançadeira que impulsiona para o voo… mas sempre, sempre, sempre é ninho que me abraça e me acolhe em qualquer momento de minha vida.