Hoje dezoito anos que papai se foi... E são tantas as lembranças e as lições deixadas por suas atitudes silenciosas…
Uma delas foi a de não gostar de muros nem de trancas. Nossa casa só era fechada na hora de dormir.
Na casa do Beco do Vapor as portas e janelas eram abertas. Tinha uma televisão na sala e os vizinhos se aconchegavam pra vê as imagens tremidas da telinha. Nessa época aconteceu um episódio que ficou marcado. Um dia meu pai adormeceu na sala vendo tv, com as janelas e portas abertas, enquanto todos já estávamos recolhidos. Já muito tarde da madrugada, ele foi acordado por Negreu, um adolescente temido pela cidade. Ele ficou ali velando o seu sono para que ninguém fizesse nenhum mal.
Tantas vezes ja na casa do mercado, um rapaz conhecido por Beto Doido, que perambulava pelas ruas, entrava na casa… Uma vez foi encontrado no escritório de meu pai, com seus óculos deitado no sofá… e por tantas ocasiões foi encontrado na cozinha mexendo nas panelas…
Na nossa casa todos eram e são bem-vindos.
A frente da casa sem muros sempre foi o lugar preferido de meu pai. Lá a tardinha e a noite sentava pra ouvir suas músicas, conversar com a famílias e com quem passava… também ali cochilava muito... e sempre era acordado por alguém.
Nesses dias a frente de sua casa está sendo arrumada… está sendo feito um calçadão do jeitinho que ele gostava. Podemos até batiza-lo de calçadão “Antônio Mendonça”… com plaquinha e inauguração. Com certeza ele ficará feliz… e por aqui continuará sempre presente em nós e nas bonitas lembranças que ele plantou nos nossos corações.
Lindo mainha ❤️❤️
ResponderExcluirdesse jeito Guiany eu lembro dele muito quando eu ia pra casa ele ia me buscar de volta e falava quem mando vc vim pra casa eu falava eu que quis ele me responda e quem vai fazer meu Bife é minhas batatas fritas cuide vamos simbora eu falava deixe eu em casa ele falava cuide logo dava um tapa nas minhas Costa kkkkk e lá vou eu de volta queria muito bem a ele nos terminavam de arrumar a cozinha e corria pra sala pra vê TV que saudades tempo que não volta mas só lembrança
ResponderExcluirLindíssima a homenagem, dona Guiany!!
ResponderExcluirDoces lembranças e feliz homenagem!
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