Num episódio engraçado no vagão de um trem eles se conheceram e se apaixonaram.
Por alguns anos se comunicavam por cartas, ainda hoje guardadas, já desgastadas pelo tempo e pelo manuseio. Nelas registravam o cotidiano do internato, ela em Bananeiras e ele em Nazaré da Mata. Também registravam a imensa saudade que sentiam… as juras de amor eterno… mas sobretudo os projetos de constituir um ninho onde acolheriam carinhosamente seus filhotes e os seus bonitos e idealizados sonhos de um futuro juntos.
Em dezenove de março de 1958 eles se casaram em Natal… mas foi no casarão de Roma, onde ele nasceu, que construíram o lar tão esperado. Foi lá também que iniciaram a realização dos sonhos que deram sentido à historia daqueles que me deram a vida.
Dos dois que começaram, hoje já somamos mais de cinquenta, sem contar com aqueles que foram se achegando pelos laços do amor.
Antônio Mendonça, já no céu e Terezinha Mendonça, aqui com a gente, continuam sendo para nós, referência de amor, união, perseverança, resiliência é muito aconchego.
Casaram no dia de São José. É ele o patrono de nossa família. Foi o seu bom exemplo de amor e cuidado com a Família de Nazaré que conduziu e conduz a nossa até hoje.
Gratidão é o sentimento que invade o meu peito e transborda a minha alma.
Sou o que sou porque fui colocada por Deus naquele ninho que hora é aconchego, hora é trampolim que impulsiona para o salto… hora é laço, hora é lançadeira que impulsiona para o voo… mas sempre, sempre, sempre é ninho que me abraça e me acolhe em qualquer momento de minha vida.