Mas eu também tive a graça de ser sonhada por aqueles que me geraram. Antes mesmo de minha existência já me chamavam Guiany... homenageando suas mães.
Vovó Guiomar (Mendonça Coutinho) era carioca. Mulher corajosa, forte e sociável, deixou terra, cultura e família de origem, pra se embrenhar em Roma com o seu "Coutinho" onde viveu o sonho de esposa, mãe e mulher ativa, preocupada com os problemas que atingiam sobretudo os pobres. Em sua casa acolheu tanta gente... gente que vinha pra estudar, pra trabalhar, pra cuidar de enfermidades... Também acolhia os rapazes e moças amigos de seus filhos para os famosos “assustados”... Ela era alegre, acolhedora e muito festeira.
Já vovó Avany (Lins Campos) era meiga, tímida e extremamente servidora. Vinda dos Lins da várzea do Paraíba, gostava de contar e recordar as histórias dos engenhos que marcaram sua infância e juventude. Era uma mulher do lar e da família. Gostava muito de costurar roupinhas para os netos… e que vestidinhos lindos me fazia… e amava cuidar de seu José. Gostava também de futebol, de fazer crochê, de enxugar a louça e de ficar junto de bebê, que nunca faltava na família. Rezadeira assídua, era minha companheira nas missas, reuniões e atividades da Igreja.
Gui-any!
Trago no nome, sangue e personalidade traços das duas e isso me enche de orgulho. Mas isso não me tira a grande responsabilidade de representa-las.
Suas lembranças continuarão eternamente impregnadas na minha alma e no meu coração.