segunda-feira, 23 de maio de 2022

ABRAÇO


 A mídia ou sei lá quem, inventa muitas datas... e hoje por todo canto nos informam que é o dia do abraço.

Num é que essa lembrança mexeu comigo...

Venho de uma família onde tinha um pai beijoqueiro é extremamente carinhoso... e uma mãe cuidadosa, amorosa, mas sem muito afago.

Quando pequenininhos mamãe cobria os filhos de dengos e mimos... Assim também com netos e bisnetos.

Com os filhos adultos, ao contrário de papai que continuava muito carinhoso, dando colo e muito dengo, mamãe demonstra todo seu amor pela preocupação, esmero é muito cuidado com cada um de nós.

Eu acho que herdei dela o meu modo de ser. Acho também que contribuiu os dezessete anos de casamento onde vivi uma aridez no que se referia a dar e receber aconchego e carinho.

E hoje me veio forte a lembrança da necessidade que sinto do abraço. É uma falta tão grande... que chega a refletir por dento... 

Às vezes sinto uma necessidade quase fisiológica... 

Desejo  tanto um abraços... daqueles bem apertado que venha quebrar por dentro todo gelo que foi se formando com o tempo de frieza...

É como uma deficiência vital... que com o tempo teima em eclodir.

Nada a ver com desejo de pele... de sexo... e tudo a ver com carinho, aconchego, calor… 

E ele pode vir de onde vier que será  sempre o melhor aperto… inesquecível e curativo… balsâmo…  conforto… consolo…  o melhor remédio para animar a vida, espantar a tristeza... e alegrar os dias.

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