A mídia ou sei lá quem, inventa muitas datas... e hoje por todo canto nos informam que é o dia do abraço.
Num é que essa lembrança mexeu comigo...
Venho de uma família onde tinha um pai beijoqueiro é extremamente carinhoso... e uma mãe cuidadosa, amorosa, mas sem muito afago.
Quando pequenininhos mamãe cobria os filhos de dengos e mimos... Assim também com netos e bisnetos.
Com os filhos adultos, ao contrário de papai que continuava muito carinhoso, dando colo e muito dengo, mamãe demonstra todo seu amor pela preocupação, esmero é muito cuidado com cada um de nós.
Eu acho que herdei dela o meu modo de ser. Acho também que contribuiu os dezessete anos de casamento onde vivi uma aridez no que se referia a dar e receber aconchego e carinho.
E hoje me veio forte a lembrança da necessidade que sinto do abraço. É uma falta tão grande... que chega a refletir por dento...
Às vezes sinto uma necessidade quase fisiológica...
Desejo tanto um abraços... daqueles bem apertado que venha quebrar por dentro todo gelo que foi se formando com o tempo de frieza...
É como uma deficiência vital... que com o tempo teima em eclodir.
Nada a ver com desejo de pele... de sexo... e tudo a ver com carinho, aconchego, calor…
E ele pode vir de onde vier que será sempre o melhor aperto… inesquecível e curativo… balsâmo… conforto… consolo… o melhor remédio para animar a vida, espantar a tristeza... e alegrar os dias.
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