sábado, 29 de setembro de 2018

OPINIÃO CRÍTICA À NOTA DE D.RIFAN

Vi com preocupação a nota "Em defesa da CNBB" divulgada pelo Dom Fernando Rifan: http://www.adapostolica.org/artigos/em-defesa-da-cnbb/ Como leiga eu gostaria de emitir a "minha" opinião crítica a respeito desta Nota. Dom Fernando Arêas Rifan é para a Igreja do Brasil o que existe de mais conservador. Em sua jurisdição na Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney em Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, é utilizado na liturgia o Rito Romano de antes do Concílio Vaticano II. Naquela Administração Apostolica não são refletidas as Campanhas da CNBB nem aplicado seu calendário de ações. O Dom Rifan diz ser fiel ao Papa Francisco, mas não divulga suas orientações com relação a questões sociais. Respeitar a diversidade na Igreja e as suas diversas formas de expressão é preciso, mas aceitar as críticas públicas de quem é integrante da mesma Conferência é dificil. O Dom Rifan faz a "defesa da CNBB" fundamentada em textos especificos. Inicialmente fala aos leigos e diz que se sente atingido com as ofensas e insultos a CNBB, pois dela faz parte. Esclarece que as Conferências Episcopais não são sindicatos dos bispos nem tão pouco fazem parte da estrutura indispensável da Igreja. Que as Conferências Episcopais não tem missão de ensinar (nem de orientar?) e que seus documentos não tem valor, a não ser que tenha o consenso que é atribuído pelos bispos individualmente. Que a o Reino é como uma rede cheia de peixes bons e maus assim como no Episcopado brasileiro. Que não se expõe os defeitos da Mãe em público, sob pena de alegrar os inimigos(?), mas já que o fizeram... Aí ele começa a elencar "suas" insatisfações quando se dirige aos irmãos no Episcopado. Lembra que as críticas e ataques podem ser clamores dos fiéis refletindo o "sensus fidelium" Será??? Será que esses ataques e críticas não são de grupos específicos com interesses próprios, muito mais do que o que dizem buscar a "salvação da Santa Igreja das garras do comunismo"? As comunidades paroquiais não refletem esses pensamentos. Isso pode ser observado no dia a dia nas igrejas onde as campanhas são refletidas e vividas nas diversas formas. No entanto não é "sensus fidelium". O Dom Rifan tambem convoca os bispo a recuperar o "bom nome" da CNBB. (Recuperar? E a CNBB não foi criada pelos bispos profetas com a primeira presidência do Dom Helder, o bispo vermelho?) As criticas vão desde o que ele chama de abusos doutrinários e litúrgicos, o ecumenismo, a terminologia "gênero" como se remetesse a "ideologia de gênero". Critica as Análises de Conjuntura nas Assembleias dos Bispos ao afirmar serem feitas por gente com ideologia socialista/comunista. O que dizer da declaração do Papa Francisco onde ele afirma que "Estar ao lado dos pobres é evangélico, não comunismo"? Critica duramente o envolvimento da Igreja na luta pela terra. Muito grave a sua insinuação quanto ao desvio de recursos das coletas da Campanha da Fraternidade mesmo tendo conhecimento do esclarecimento publico feito pela CNBB. Como leiga amo defendo a Mãe que me acolheu desde o batismo e tem acompanhado os meu passos como membro consciente de meu papel em seu Corpo. Amo e defendo a Igreja de Jesus Libertador que e briga pelos seus e vai até as últimas consequências. Não foi por mera entrega que se deu em sacrifício. Ele defendeu um projeto de Reino revolucionário, onde afirmou começar aqui e agora com vida plena e abundante para todos. Com certeza a Sua morte foi consequência do Seu enfrentamento às estruturas opressoras da época. Sou da geração de uma Igreja que teve muitos profetas. Uma igreja apresentada por Dom Marcelo, Dom José Maria Pires, Dom Hélder, Dom Luciano, Dom Paulo, Dom Pedro... A Igreja da Teologia da Libertação. Dos padres concilares que fizeram o Pacto das Catacumbas se comprometendo com a vida evangélica ao lado dos pobres. Existem os que dizem que Teologia da Libertação coloca a o pobre no local de Jesus Cristo. Mas, onde fica a vivência evangélica? É a página das escrituras que apresenta o capítulo 25 do evangelista Mateus? "Tudo o que fizerem ao menor é a mim que fizeram"... E eu escolhi está aqui, do lado dos que precisam de mim. Escolhi crescer a família para amar e ter vida nova; escolhi está na pastoral que me apresenta todos os dias a graça de servir; escolhi o trabalho da defesa dos direitos humanos recebendo e sentindo todos os dias a dor dos injustiçados. Se sou comunista, socialista, de partido de esquerda? Não sei... Não tenho nenhuma filiação partidária. Sigo apenas o que manda o meu coração, orientado sempre pelos ensinamentos do Pobre de Nazaré. E até às orientações políticas sigo as tendencias que se aproximam mais de Suas escolhas.

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