Cai chuvinha, cai depressa,
Molha esse chão castigado,
Pelo sol que sem pecado,
Do pobre a morte apressa.
Cai chuvinha, cai agora,
Faz verde o chão já queimado,
Dar-lhe fruto abençoado,
Pra fome já ir embora.
Cai chuvinha, cai fluente,
Faz nascer lá no roçado,
Milho e feijão ao lado,
Pro povo ficar contente.
Mas chuvinha, tem cuidado,
Tem dó do povo molhado,
De água e por ter chorado,
Ao ficar desamparado.
Vê chuvinha nosso povo,
Há irmão sacrificado,
Sem ter casa e abandonado,
Sofrendo agora, de novo.
Tá bom chuvinha, não cai mais,
Deixe que o dia ensolarado,
Ilumine quem tem governado,
Pra que do pobre se lembre mais.
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